Como preliminar ou como substituto do sexo com penetração para dar
uma variada de quando em quando, o sexo oral é uma das modalidades que
mais agradam a homens e mulheres. Mas, para funcionar bem, é preciso que
os dois estejam a fim de colocar a boca e a língua como órgãos sexuais de destaque na diversão a dois.
“Ele é excitante não apenas pela ação de estimulação, mas também quando quem o recebe está consciente de que o outro está gostando de fazê-lo”,
afirma a terapeuta no ensino das artes sensuais e sensual coach Geise
Cavaliere. “Além de enorme prazer, o sexo oral gera um estreitamento na
relação”, continua.
Preparação
Como tudo no que diz respeito à sexualidade, o sexo oral começa antes do ato em si. A preparação é indispensável e focada na higiene.
“Lavar os genitais com água corrente é uma prática
importante. Nas mulheres, eliminará as secreções comuns que aderem nas
reentrâncias e ficam se degradando ao longo das horas, causando odor ou
sabor que incomode. Já nos homens, acabará com os odores fortes de que
as mulheres reclamam, que podem vir da urina ou do acúmulo de secreções
ao redor da glande, a cabeça do pênis”, explica Oswaldo M. Rodrigues
Jr., psicoterapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade
(Inpasex).
A lavagem, como Oswaldo destacou, deve ser com água corrente e nada
mais. “Não se deve passar desodorantes para ‘disfarçar’ o cheiro que o
corpo tem nem lavar os genitais com álcool ou perfumes. O álcool queima
as mucosas e peles da região, provocando muitas dores e ardores”, esclarece.
Se isso não for suficiente e o cheiro ou o gosto natural do pênis ou da vagina incomodar, dá para contar com a ajuda de óleos e géis comestíveis com perfume e sabor, encontrados em sex shops. “Eles podem ser depositados nos testículos, no pênis e na entrada da vagina”, orienta Geise.
Exploração e comunicação
Os segredos do sucesso no sexo oral são a disposição para explorar o prazer alheio e a abertura da comunicação.
A exploração consiste em começar lentamente. Geise
sugere que seja “com leves carícias, lambidas, beijinhos, para então
passar para a engolida peniana ou a introdução da língua na vagina”.
Masturbar o/a parceiro/a suavemente antes também ajuda, como diz
Oswaldo: “Homens e mulheres devem atentar que o sexo oral também exige
que as mãos sejam usadas para auxiliar no prazer. Tocar e estimular as
áreas genitais é importante”.
À medida que o clima esquentar, quem está fazendo o sexo oral deve
variar pressão, velocidade e forma de estímulo, para perceber o que deixa o outro mais satisfeito.
É aí que entra a comunicação: quem recebe o sexo oral deve falar, com palavras diretas, o que está funcionando. Segundo Oswaldo, “esse é o caminho para que se saiba o que fazer voluntariamente para dar prazer”.
O que evitar
Morder, ainda que de leve, é algo que nunca deve ser feito
no sexo oral. A região genital é muito sensível. “E o objetivo não é
provocar dor”, resume Oswaldo. Tentar forçar o outro a fazer
determinados movimentos também é vetado, por causar desconforto, de
acordo com Geise.
Outra atitude a ser evitada é falar de modo bruto, recomenda Oswaldo. “Mesmo que seja ‘de brincadeira’, palavras hostis são sempre hostis e deixarão um mal estar, além de cortar o barato”, afirma o psicoterapeuta sexual.
Não se esqueça da camisinha
Há que se lembrar que doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem
ser contraídas via sexo oral. Assim, especialmente em relacionamentos
não-exclusivos, é importante usar a camisinha também
nessa prática. Outra vantagem em seu uso é aproveitada pelas mulheres
que não querem sentir o gosto do esperma do parceiro.
Como quase ninguém aprecia o gosto do látex, nessa hora as camisinhas com sabor são a melhor pedida. Morango, laranja e banana são as que mais agradam às mulheres.
No comments:
Post a Comment