Um funcionário do hospital Presbyterian, no Texas, que cuidava do
paciente que morreu de ebola, testou positivo para o vírus, informou o
centro de saúde neste domingo (12).
O funcionário apresentou febre na noite de sexta-feira e foi isolado e
submetido ao teste, segundo o hospital. "Sabíamos que um segundo caso
poderia existir e estávamos nos preparando para isso", disse o médico
David Lakey. Um segundo teste que realmente comprova o contágio será
realizado pelo centro de controle de doenças de Atlanta.
"Ampliamos nossa equipe em Dallas e trabalhamos com extrema diligência
para impedir a expansão", disse o médico. As autoridades não divulgaram a
identidade do paciente, nem detalhes sobre como aconteceu a exposição
ao vírus. Ele foi entrevistado e agora funcionários de saúde estão
tentando identificar possíveis pessoas com quem ele teve contato.
O liberiano Thomas Eric Duncan, primeiro caso de ebola nos EUA, morreu na última quarta-feira em Dallas.
A pior epidemia de ebola já registrada matou 4.033 pessoas, de 8.399 casos (e suspeitas) até o dia 8 de outubro,
de acordo com o último balanço divulgado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira (10). Segundo a organização, os
casos estão em sete países: Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra
Leoa, Espanha e EUA.
Os Estados Unidos anunciaram neste sábado novos esforços para impedir a
disseminação da epidemia. No Aeroporto Internacional John F. Kennedy
(JFK), em Nova York, equipes munidas com sensores térmicos e
questionários farão vistorias em viajantes vindos de países da África
Ocidental, local mais atingido pela doença.
O JFK é o primeiro de cinco aeroportos nos EUA que passarão a vistoriar
viajantes que chegarem de Guiné, Libéria e Serra Leoa, onde foram
registradas grande parte das mais de 4 mil mortes pela epidemia. Quase a
totalidade dos viajantes que chegam aos EUA vindos desses países chegam
pelos aeroportos JFK, Newark, Washington Dulles, Chicago O'Hare e
Hartsfield-Jackson Atlanta. Nos outros quatro aeroportos, os
procedimentos começam na próxima semana.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA disseram
que a vistoria de passageiros nos aeroportos é apenas um aspecto da
estratégia mais ampla contra a disseminação do ebola. “Com a intenção de
proteger a população norte-americana, estamos fazendo uma verificação
mais rígida”, afirmou o porta-voz do centro de controle de doenças,
Jason McDonald.
No Brasil
O Ministério da Saúde informou neste sábado (11) que o exame do paciente suspeito de infecção pelo vírus ebola teve resultado negativo. A confirmação, no entanto, só deve ocorrer após um segundo exame comprovar que o paciente realmente não tem o vírus, informou o Ministério. O estado de saúde de Souleymane Bah, de 47 anos, é bom e ele não apresenta febre. Ainda de acordo com o ministério, ele está em "isolamento total" no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ).
O Ministério da Saúde informou neste sábado (11) que o exame do paciente suspeito de infecção pelo vírus ebola teve resultado negativo. A confirmação, no entanto, só deve ocorrer após um segundo exame comprovar que o paciente realmente não tem o vírus, informou o Ministério. O estado de saúde de Souleymane Bah, de 47 anos, é bom e ele não apresenta febre. Ainda de acordo com o ministério, ele está em "isolamento total" no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ).
O protocolo de prevenção da doença não será desmobilizado, no entanto,
até a segundo exame do paciente Souleymane Bah, informou o ministério. O
estado clínico do cidadão da Guiné, que entrou no Brasil para pedir
status de refugiado, é considerado estável e não houve manifestação de
sintomas.
Transmissão
O ebola é uma doença infecciosa grave provocada por um vírus. Os sintomas iniciais são febre de início repentino, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia e sangramentos internos e externos. Ela é transmitida pelo contato direto com os fluidos corporais da pessoa infectada: sangue, suor, saliva, lágrimas, urina, fezes, vômito, muco e sêmen. Não há risco de contaminação pelo ar.
O ebola é uma doença infecciosa grave provocada por um vírus. Os sintomas iniciais são febre de início repentino, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia e sangramentos internos e externos. Ela é transmitida pelo contato direto com os fluidos corporais da pessoa infectada: sangue, suor, saliva, lágrimas, urina, fezes, vômito, muco e sêmen. Não há risco de contaminação pelo ar.
Quem tiver voltado de um dos países da África afetados pela epidemia -
Libéria, Guiné ou Serra Leoa - e apresentar febre ou algum dos outros
sintomas, deve procurar uma unidade de saúde e informar a equipe sobre a
viagem. Dúvidas sobre a doença podem ser tiradas com o Disque Saúde, do
Ministério da Saúde, no número 136.
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